E elas entregavam-se ao emaranhado que os seus corpos desenhavam nos lençóis que serviam de abrigo ao prazer que durante tanto tempo almejaram. Sonegaram os preconceitos impostos por uma sociedade hipócrita que hodiernamente olha de soslaio aqueles que em prol de uma vivência plena se abstêm de seguir os seus valores e deixaram-se levar e perder no concretizar de um idealismo que sabiam querer. Sucumbiram perante a beleza que o corpo que tinham ao seu dispor lhes oferecia e tactearam-no, provando-o, abusando-o, violando cada resquício do receio que horas antes lhes aflorava o pensamento. Entregaram-se desenfreadamente ao que uma e outra oferecia e o suor que lhes escorria da pele, significava nelas o exteriorizar do prazer que finalmente lhes tinha sido permitido.