
Era uma mulher de rituais. Apreciava os momentos prévios, a preparação, a antecipação. Tomou um banho demorado, a água quente escorrendo pelo corpo e amaciando-lhe a pele, o cabelo cheiroso e macio, maquilhagem, umas gotas de perfume e a roupa cuidadosamente disposta em cima da cama. Quando a porta se abriu, encontrou-a demorada e sensual, sentada de perna cruzada. Camisa branca de homem, desabotoada, sem soutien, de mangas dobradas, meia liga preta, ligueiro de renda, cueca a combinar, sapato de salto alto e dois copos de balão, um em cada mão. O rosto que a contemplava sorriu de surpresa,...