Home » » (E)m estado líquido #46

(E)m estado líquido #46

Salpicou-a de si. Depois de lhe ter esventrado o corpo, de lhe ter abusado dos seios, de os ter beijado e trincado, de os ter torneado, apalpado, chupado. Depois de lhe ter perfurado a boca, com a língua sedenta e os beijos enlouquecidos pelo desejo. Depois de lhe ter sugado os lábios proeminentes, de lhe ter provado o mel que soltava em lânguidos escorreres, de lhe ter lambido o clitóris excitado e trémulo de espasmos imbuídos de prazer, de lhe ter introduzido os dedos para sentir o calor do seu aconchego. Depois de lhe ter dado a provar o seu membro, engolindo-o gulosa, deslizando-lhe a língua degustadora e perscrutadora, molhando-o da saliva que produzia copiosamente com o apetite voraz que a caracterizava. Depois de lhe ter preenchido a vagina, húmida e esponjosa, dando-lhe as estocadas mais vibrantes, as investidas mais fortes que lhe tocavam no fundo, na sua essência, fazendo-a estremecer a cada pulsante entra e sai. Depois de lhe ter torneado as curvas, puxado-lhe o cabelo para a chegar a si, a comandar e manobrar a seu bel prazer. Salpicou-a de si, num gesto reflectido, antecipado, depositando-lhe para ela ver, para ela sentir na sua pele, a prova quente e cabal do seu prazer, do atingir do expoente máximo, do orgasmo que o corpo dela lhe serviu.