A manhã começa já a demonstrar sinais do frio do Outono que se instala paulatinamente nas nossas vidas. Aquecemos o corpo com o corpo que se une, se encaixa em nós e deixamos fugir dele o calor que guardamos no mais íntimo do nosso ser. Por entre um manto cinzento aveludado, sentimos o crescer do desejo em nós. O silêncio impõe-se e obriga a que os gestos sejam solenes e expressivos. Desapareço do teu abraço, escorrego pela tua pele suave e encontro-te já como gosto de te encontrar. Pronto e expectante do beijo que sabes te vai acariciar. Pego-te sem demoras e faço-te meu. Reconheço-te na boca e suspiro ao sentir que sentes cada lamber, cada chupar, cada manobrar do membro que me colocas à disposição e que faz as delícias de uma língua gulosa e insaciável num acto preparatório do vaivém que quero sentir, do prazer que sei me vais dar.