Sufocas-me a mente com o teu cheiro, mantens-te em mim na proximidade do teu peito no meu peito. Desnudo, árido mas suave, tão quente que me arrepia as mais pequenas moléculas do ser. Ocupas o meu pensamento num golpe inesperado. Dás-te-me com a mesma frieza com que me foges. Guio-te até mim na esperança de que mesmo na tua cegueira voluntária me queiras encontrar. Levo-te até onde te quero. Aqui.
Encontras-me no fundo dos meus olhos. Medes o desejo olhando-me de perto. Sinto a tua respiração na face que te ofereço das palavras que me dás. Pousas uma mão no fundo das minhas costas e a outra na minha nuca, puxando-me para ti. Singelamente, inclinas-me o rosto num acto preparatório do beijo que queremos.