"And guess what you call a woman who enjoys sex? Nothing but her first name."
Nunca serenava. O seu corpo era um turbilhão de emoções e sensações, uma cornucópia de desejos, um aglomerado de infames prazeres que sempre lhe percorriam a mente e lhe perpassavam a pele. Parecia telecomandada, orientada apenas pela bússola do prazer que lhe ditava o norte e os desígnios e a obrigavam a procurar o saciar das vontades e o comungar de frenéticos orgasmos. Encontrava-a sempre assim, toldada pela ânsia de ser tocada, explorada, visceralmente preenchida, escorrendo sucos e gemidos, sorrindo de malícia, qual menina envergonhada, rogando lhe fosse dado o doce prometido em troca do seu bom comportamento. Humedecia-se languidamente, deixando o corpo preparar-se para a investida dos seus dedos, da sua língua, do seu membro erecto e viril, quente e pulsante, que lhe havia de violentar os sentidos e oferecer-lhe o travo apaixonado do prazer, da explosão, do desespero, do grito descontrolado, do estremecer do corpo de alto a baixo, numa onda e um calafrio imbuído de doces sensações. Nunca serenava. O seu corpo tinha sempre lugares para descobrir, prazeres para saciar, momentos para viver, orgasmos para atingir, beijos para inflamar, carícias para ostentar e sucos para beber.