Adultos que somos, aprendemos com a experiência a fazer uma triagem apertada das pessoas que deixamos entrar na nossa vida. Porque já mais que uma vez nos arrependemos, já mais que uma vez nos magoaram, já mais que uma vez demos de nós em troca de quase nada. Adultos que somos, ainda levamos mais a sério a triagem que fazemos das pessoas que deixamos comungar o nosso dia-a-dia e acima de tudo o nosso corpo. A fazê-lo, não estamos para brincadeiras. A não ser que sejam brincadeiras na cama. Risos e gargalhadas, prostrados, cansados, secos ou ainda molhados depois de uma entrega. Sorrisos e cambalhotas numa cumplicidade inesperada e tão perfeita. Aí sim, aí brincamos. E deixamo-nos levar e ficar, queimando o tempo até ao último minuto, aproveitando cada toque, cada beijo, cada olhar.