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Oh Sweet Idleness

A premência da urgência sobrepõe-se amiúde às regras e ao convencional. É assim com os amantes, com os apaixonados, com os loucos desta vida. Quando se vêm, quando os seus olhares se cruzam, o instinto toma conta de cada molécula do seu corpo. Hipnotizados, atraídos pela beleza do desejo, depressa se deixam conspurcar pela perversão da razão em prol da paixão. Deixam de ponderar, de reflectir, de adiar. Adiar significa sofrer, sofrer do mal de não ceder, de não se deixar tentar. E a tentação é sempre o melhor afrodisíaco. Foi assim com eles. Reencontraram-se, apesar de sempre se terem conhecido e de saberem os corpos um do outro de cor, de reconhecerem cada aroma, cada gesto, cada reflexo, cada expressão, cada feição, cada olhar. Reencontraram-se e num ímpeto, like a moth to a flame, envolveram-se num abraço e um beijo capazes de fazer corar o mais incauto dos observadores num prelúdio da loucura flutuante e despojada de tempo e lugar que se aproximava.