
São dois corpos embrenhados em si. Intercalam-se, entrelaçam-se, abraçam-se, mal se distinguem no emaranhado de sensações em que se movem. Afugentam o mundo que os rodeia, não o precisam, não o querem ali naquele momento. Frágeis, complementam-se um no outro, buscam o que lhes falta. Entregam-se tanto, dão-se tanto, querem-se tanto. Gostariam de ser assim sem fim. Mas o fim chega sempre e é o anunciado. Ela sabe, sente-o na força com que ele a beija, na intensidade com que, investida após investida, o sente entrar e sair de si, no súbito desespero que lhe vê plasmado no rosto. Ele sabe, sente-o...