Agrides-me o corpo, violas-me os sentidos, perfuras-me a alma, constringes-me a liberdade, surrupias-me a voz, dóis-me. Dóis-me no corpo, de uma forma tão física, tão presente, tão sôfrega, crónica, instalada e entranhada nos confins da minha volúpia. É uma dor de prazer, de desejo, de tesão. Sinto-te no vício que te tenho, na vontade intrínseca de te-me dar, de te deixar fazeres de mim o que te aprouver, de me entregar nua e despida, de te deixar percorrer o meu corpo inteiro e subjugá-lo ao teu querer.
“I've solved the mystery: You have to submit silently. Open up, let go. Let anything penetrate you, even the most painful things. Endure. Bear up. That's the magic key! The text comes by itself, and its meaning shakes the soul ... You mustn't let scar tissue form on your wounds; you have to keep ripping them open in order to turn your insides into a marvelous instrument that is capable of anything. All this has its price.”
Klaus Kinski