
Há tesões impossíveis de contornar. Assaltam-nos num ímpeto, roubando a certeza do socialmente responsável, da postura correcta com que fomos habituados a pensar e a agir, o conforme às leis impostas. Há urgências impensáveis, o aqui e agora, o tem de ser senão rebento, o quero-te sem refreios, o anda sem receios. Há quereres inegáveis, de brutalidade consentida, de esticão, de violência tempestuosa. Há o tira isso que estorva, o anda cá que é já aqui, o não quero saber quem se aperceba, o prazer imediato e inesperado. Somos animais de instinto, libertinos, egoístas seres sexuais, monstros apaixonados...