Sei o que quero e como (te) quero. E tanto quero que desespero porque desde que te fugi que é a ti que mais quero. Imagino sem destino, o meu corpo sem tino. Incandesço no desejo, das memórias que te vejo, num pequeno ensejo, do sabor que almejo. Sinto em mim o fulgor, do teu corpo em ardor, do saciar em tremor. Saboreio antecipando, da vontade aumentando, do prazer que vou sonhando. Hoje se pudesse, sem saber que anoitece. Amanhã se implorasse e ninguém me censurasse. Agora se fugisse e no caminho te visse.